GRIS é sigla para Gerenciamento de Risco e tem como foco proteger as cargas fretadas. A taxa objetiva cobrir despesas relacionadas com medidas de segurança, essenciais para evitar prejuízos com cargas roubadas. De acordo com dados da NTC & Logística, foram registrados 14.400 roubos no ano de 2021, o que gerou a perda de R$1,27 bilhão em cargas. O GRIS cobre investimentos que reduzem a probabilidade de roubo, como instalação de alarmes, seguro de carga e rastreadores.
Para compreender o que é GRIS, é importante saber o conceito de Ad Valorem (valor do frete), que é uma taxa cobrada sobre o valor da nota fiscal da carga com o objetivo de garantir a segurança das mercadorias, contra roubos e possíveis danos causados durante o transporte. O GRIS é um componente dessa taxa.
O valor presumido segundo alguns fatores, logo, varia de uma carga para outra. Veja abaixo os principais custos envolvidos no GRIS:
– Custos operacionais: são todas as despesas que envolvem a administração e manutenção diária dos processos de uma organização, como por exemplo:
– Remuneração dos colaboradores: é importante considerar as obrigações sociais da organização com a equipe. Além dos salários, esse cálculo deve incluir horas extras, benefícios e taxas tributárias.
– Características do produto: algumas mercadorias exigem cuidados especiais no transporte, veículos específicos e documentações ou até mesmo taxas diferenciadas: joias, celulares e computadores, são bens mais propenso a roubo, por isso, a proteção deve ser ampliada para garantir a segurança da carga, o que gera despesas mais elevadas.
– Investimentos: gastos com softwares de planejamento e monitoramento, rastreamento veicular e o próprio seguro de carga são itens considerados investimentos, pois propiciam algum tipo de retorno para a empresa.
O GRIS é incluído no cálculo do frete, e é aplicado sobre as cargas de alto valor agregado, aquelas que são mais atrativas para os criminosos. Ainda segundo a NTC & Logística, algumas das cargas mais desejadas são:
Vale lembrar que o GRIS não é aplicado sobre todas as mercadorias: existem produtos isentos da taxa, como por exemplo, pedra e areia, por exemplo, pois possuem baixo índice de roubo.
O GRIS não tem um valor fixo, logo, é importante saber as variáveis que interferem no cálculo, como:
Embora não tenha um valor fixo, há uma alíquota determinada pela NTC & Logística para facilitar o cálculo: 0,3% sobre o valor da nota fiscal. Ao calcular o Gerenciamento de Riscos, é fundamental utilizar essa alíquota como referência, considerando o mínimo de R$ 3,00 por CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico). Por exemplo: uma carga com valor total de R$ 5 mil: 5.000 x 0,3% = 15. Neste caso, o GRIS a ser pago é de R$ 15,00.
Normalmente esse valor fica por conta do cliente. O valor é calculado pelas transportadoras e aplicado sobre no frete para cobrir as despesas relacionadas à segurança o deslocamento e entrega das mercadorias.
E utilizada a mesma metodologia para calcular o GRIS: a diferença está apenas no percentual da alíquota a ser aplicada, que varia entre 0,3% e 0,4% sobre o valor da nota fiscal. Utilizando o valor anterior, para uma carga com o valor de R$ 5 mil para a alíquota de 0,3%, o frete valor seria de R$ 15,00. Somando as duas taxas, temos o valor final de R$ 30,00.
A tecnologia é uma forte aliada, não só para calcular, como também para auxiliar na segurança no transporte de mercadorias. Contar com um software que automatize as rotinas e que se adapte ao cenário da sua empresa é fundamental para um processo alinhado de ponta a ponta. Conheça as soluções da Procdata. Entre em contato com nossa equipe: (54) 3538-2655 ou comercial@procdatati.com.br
